No mesmo tom, todavia em outros acordes.
No mesmo tom, mas em diferentes acordes, inicio este ensaio para um prefácio, buscando compreender o fenômeno da lembrança em “Além das reminiscências”. Pois, se lembrar é revisitar uma situação vivida, rememorar experiências passadas, o que significa estar além das reminiscências? Ou melhor, onde se encontra esse “Além das reminiscências”?
De forma singular, aventurar-se além das fronteiras das lembranças nos conduz àquilo que um dia foi experienciado, ou talvez a um retorno no tempo, a mundos ou eras passadas. Um voltar em vagas, ou quem sabe, um serpentear do alto ao chão. Contudo, os relatos de Afecto nos levam à conclusão de que ele, talvez, tenha simplesmente experienciado reverberações que ecoaram de mundos vizinhos ou de tempos passados, ou, conforme algumas teorias aqui apresentadas, de outras dimensões. Nesses mundos possíveis que Afecto vivenciou, a fruição entre dimensões é, de certo modo, bastante comum, especialmente quando alimentada pela força e o poder dos sentimentos genuínos, de acordo com os Sábios e a Supernova. No entanto, o que essa história realmente revelou foi uma intricada teoria sobre mundos, tempos... dimensões; e sobre as possibilidades de transitar entre eles. Em certa medida, essas possibilidades nos fazem acreditar que, de fato, Afecto adentrou em realidades palpáveis.
Sendo assim, os limites dos sonhos estariam confinados à profundidade da epiderme? Mas, e a teoria da força dos sentimentos genuínos? Ou será que a forja desses mundos, de fato, permanece firme por eras, sustentada nesse ritual do conflito entre o quente e o frio? Das dualidades às contradições, a questão persiste.
O desafio foi posto. Bons ecos a todos
Roteiro e arte: Nietzsche Pop
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