Em Batata-Quente (sic) acompanhamos a estranha rotina de um adolescente dotado de grande intelecto e poderes aracnídeos, que usa suas habilidades para combater o crime.
Pedro Prado, mais conhecido como Aracnoide, tenta conciliar sua rotina de estudante universitário com uma série de eventos que constantemente o levam ao limite da sanidade. Envolvido em uma relação tumultuada com a bela Maria Joana, e oprimido pelos cuidados excessivos de sua Tia Maria, ele busca refúgio nos conselhos de uma misteriosa figura conhecida como Stanley, e aos poucos começa a questionar a realidade que o cerca. Quando Prado presencia um atentado a um guru possivelmente não-humano (o sórdido Dr. Caraglio de Oliva) e é obrigado a entrar em ação como Aracnoide, a teia começa a se desfazer a uma velocidade vertiginosa, revelando uma verdade perturbadora demais para qualquer mente... mesmo a de um super-herói!
Batata-Quente é uma investigação paródica do Homem-Aranha, um dos maiores ícones do cinema, dos videogames e do quadrinho industrial, onde a colisão de super-heroísmo e comércio atinge uma inusitada e brutal intersecção. Inteiramente desenhada em grafite em um estilo decididamente não-canônico, o gibi olha ainda (mesmo que de soslaio) para a ascensão do fascismo no Brasil e no mundo.
A edição inclui um ensaio do autor intitulado "Ditko, Meu Edredom Esfarrapado & Outras Palas", onde relata sua obsessão pela aura maldita do co-criador do Homem-Aranha, Steve Ditko, além de reminiscências sobre colecionismo e o colonialismo inerente aos quadrinhos de super-herói.
O quadrinista Diego Gerlach (São Leopoldo, 1981) é autor de clássicos subterrâneos do quadrinho independente brasileiro, como NÓIA – UMA HISTÓRIA DE VINGANÇA!, Ano do Bumerangue e Pinacoderal: Rudimentos da Linguagem. Batata-Quente é seu primeiro lançamento pela MMarte.
"A reapropriação de clássicos das histórias em quadrinhos por parte de Diego Gerlach não é novidade: ele frequentemente usa personagens da Disney em suas histórias urbanas cheias de paranoia. Desta vez, vai buscar o Homem-Aranha de Steve Ditko e Stan Lee com o intuito de criar uma grande teoria da conspiração envolvendo megacorporações, roubo de propriedades intelectuais e o questionamento da realidade. (...) É uma das mais ousadas histórias com o herói já imaginadas."
Thiago Borges, no site de quadrinhos O Quadro e o Risco
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