Divertido, triste e sexy. Assim como a vida. Finalmente no Brasil, a aclamada quadrinista Italiana Josephine Signorelli, conhecida por FUMETTIBRUTTI. Nas palavras da Rolling Stone Italiana, MINHA ADOLESCÊNCIA TRANS "é uma autobiografia crua e nua, violenta e doce, suja e livre".
Na HQ, temos corpos muito brancos sobre um fundo amarelo brilhante e o roxo escuro da memória com o preto mais escuro que existe. Com essa paleta de cores, FUMETTIBRUTTI nos leva em sua história mais pessoal e humana, quando ainda era P. Uma época de disforia, transfobia e automutilação, misturada com uso desenfreado de drogas, sexo mais explícito e bullying da puberdade.
O traço de YOLE é cada vez mais violento, no sentido da verdade, enquanto no plano narrativo há um passo ainda mais decisivo para um realismo feroz, construindo cenas e personagens da vida da autora que se tornam fundamentais para a compreensão do seu percurso. Um dos mais comoventes momentos é quando P., ainda biologicamente um homem, diz à sua católica mãe siciliana que se sente como uma mulher.
MINHA ADOLESCÊNCIA TRANS é uma overdose de extremos. É pop, mas com uma atitude punk. Nos faz viver diversas emoções a cada virada de página. É impressionante acompanhar um caminho tão pessoal como o que P. percorreu para se tornar YOLE, para chegar a FUMETTIBRUTTI. Na leitura dessa marcante HQ, somos capazes de sentir dor, medo e, acima de tudo, determinação. "Depois da primeira leitura, você é forçado a ler novamente." Claudio Marinaccio. Rolling Stone/Itália.
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