Conheço o Cícero Bizzuka há uns doze ou treze anos, quase certamente pelo Facebook. De início, me fascinou seu trabalho de escultor em metal, usando basicamente sucata automotiva. Eram peças incríveis, e ele parecia trabalhar o metal como se fosse um material maleável, dando a forma que queria às peças: um coração de metal feito com chapas cortadas, velas de carro, distribuidor de automóvel e coisas do tipo; guerreiras cujas armas eram pontas de revólveres de pintura, e por aí vai. Logo também descobri que Bizzuka era poeta, e, em 2013, tive o prazer de publicar, pela minha Editora Artesanal, dois livros dele: “Um Drink no Inferno” e “50 Anos de Blues“.
Existe um paralelo interessante entre a obra em metal e a poesia desse cearense radicado no Paraná: sua obra como escultor parece poesia escrita em metal, e sua produção poética, esculturas metálicas. Ele trata das coisas duras como se fossem tenras, com a habilidade de quem molda tão bem o aço quanto as letras.
Assim, não poderia deixar de ser que o primeiro livro de poesia publicado pelo Selo BarataVerso — além dos meus — fosse o dele. Sinto-me privilegiado por ser o editor e também o diagramador deste livro, trabalhos que fiz com grande prazer. Então, deleite-se com a poesia metálica de Cícero Bizzuka!
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